Catolé do Rocha é um município brasileiro no estado da Paraíba, localizado na Região Geográfica Imediata de Catolé do Rocha-São Bento. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2014 sua população era estimada em 29.794 habitantes. Área territorial de 552 km².
Os historiadores
mostram a descoberta destas terras, com os primeiros habitantes,
presumivelmente, os índios Pegas (ou Degas), Coyacus e Cariris, nos fins
do século XVII.
As bandeiras do governo Geral, capitães Paulistas, matavam os índios
requerendo sesmarias de três léguas de comprimentos por uma de largura.
Eram eles, os Garcia D'Ávila, Rocha Pita e os Oliveira Ledo que povoaram
principalmente a região do rio Agon.
A história registra, no entanto a presença de habitantes e fazendas de gado desde 1700,
quando Dona Clara Espínola, o Conde Alvor, Manoel da Cruz, Bartolomeu
Barbosa requerendo a sesmaria de três léguas para cada um entre os
providos de Poty e Riacho dos Porcos e do meio, o governo de então
concede a Dona Clara Espínola e Bento Araújo, terras no sertão de
Piranhas e Riacho Agon ou Ogon.
Em 1717, Dona Clara solicita mais três léguas atingindo a corrente fértil, tendo início da colonização desde 1769.
Em 1754, Francisco Dom Vital, descendente de Teodósio de Oliveira Ledo, chega à região, estabelecendo-se as margens do riacho Agon.
O Tenente Coronel Francisco da Rocha Oliveira e sua esposa Dona
Brásida Maria da Silva, iniciaram aqui as primeiras edificações, no ano
de 1774, com a construção de uma capela erigida em honra de Nossa Senhora do Rosário.
O território compreendia uma extensão de aproximadamente 5.400 km. E
como aconteceu em quase todas as cidades e povoações nordestinas que
surgiram, o seu início se deu às margens de riachos e nascentes ou
subsolos que apresentavam condições favoráveis para o abastecimento
d'água. Com Catolé não foi diferente, o seu início foi às margens do
Riacho Agon ou Ogon ou ainda Yagô, onde havia água farta mesmo nos anos
de estiagem.
Logo após a sua chegada, o tenente tratou de explorar a parte de
terra que lhe cabia, organizando plantações, construindo fazendas para
criação de gado, construindo casas residenciais, fazendas de gado como
também a construção de uma capela no local onde hoje é a Avenida Américo
Maia, próximo ao Banco do Nordeste, denominada Capela do Rosário. Anos
depois a capela do Rosário foi demolida para a abertura de novas
avenidas, e construída a Igreja matriz, sob a invocação de Nossa Senhora
dos Remédios.
O município conta com uma capela no sítio de Conceição, sendo a
padroeira Nossa Senhora da Conceição, segundo os historiadores, foi a 1ª
capela construída no município.
Após a construção da igreja de Nossa Senhora do Rosário, em fins do
século XVIII, o lugar teve um surto de desenvolvimento, com o surgimento
de algumas construções que marcaram a época como: o prédio da Coletoria
Estadual, um sobrado com a fachada revestida de azulejos trazidos de
Portugal, o prédio da Intendência a antiga Prefeitura, onde hoje
funciona o Projeto Arte de Viver, o sobrado de Américo Maia onde
funciona dois Cartórios e a Rádio Panorama FM, o sobrado Coronel
Valdivino Lobo, já demolido, a Casa de Caridade, depois Colégio Leão
XIII, atualmente Centro de Catequese e Pastoral.
A toponímia Catolé do Rocha deve-se a abundância de uma palmeira
nativa, de nome Coco Catolé, e Rocha, uma homenagem ao seu fundador que
tinha sobrenome Rocha. Alguns historiadores, afirmam também, ser costume
de se referir a uma localidade, utilizando o nome de seu dono,
acreditam também, por haver outra localidade com o nome de Catolé,
costumeiramente se referiam a "Catolé dos Rochas" por pertencer ao
Tenente Francisco da Rocha.
A autonomia administrativa de Catolé do Rocha começa a se concretiza
em 1835 quando o então governador Manoel Maria Carneiro, presidente da
província da Paraíba, através da Lei Provincial nº. 5 de 26 de maio de
1835, cria a Vila Federal de Catolé do Rocha.
Em 1935, 100 anos depois, pelo Decreto de 21 de janeiro de 1935, é elevada à categoria de cidade.
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