A gastronomia paraibana tem sua origem no ciclo da cana-de-açúcar, um
dos mais importantes e o mais prolongado ciclo econômico, que
permaneceu por cinco séculos.
A cana-de-açúcar chegou ao Brasil no século XVI, pelos colonizadores
portugueses. Nessa época, o uso do açúcar da cana na Europa se expandia,
assim como os pequenos engenhos de rapadura e de cachaça, no Nordeste,
que permaneceram de forma artesanal, até o século XX.
A influência do açúcar esteve presente na organização familiar, na
arquitetura, na religião, na cultura e na culinária, rica e
diferenciada, principalmente da região Nordeste.
A gastronomia paraibana faz parte dessa cultura, que inclui suas
crenças, sua arte, seus hábitos adquiridos, sua herança social, o seu
modo de vida.
Para a antropóloga Fátima Quintas, “o homem sem história, sem
tradição, sem origem cultural, é um homem desterrado”. O amor pela
cultura gera autoconhecimento, que por sua vez, gera pertencimento.
Portanto, a gastronomia é resultado da combinação dos ingredientes e
da forma de cozinhar. A cozinha da casa-grande dos engenhos do ciclo do
açúcar, foi um verdadeiro laboratório gastronômico, onde essa mistura
dos ingredientes e dos utensílios da cozinha, tinham a influência das
culturas europeia, africana e indígena.
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