Seis horas da manhã de um dia muito chuvoso, mas que
começou com sol forte e muito calor, em João Pessoa. Após uma corrida de
quase 10km, nada melhor do que descansar bebendo uma água de coco bem
gelada em um dos muitos quiosques instalados na orla da Praia do Cabo
Branco. Por apenas R$ 2, o coco estava na mão, bem geladinho.
Durante cerca de meia hora, chama a atenção o intenso movimento
de pessoas – turistas e moradores da cidade – chegando e saindo com
cocos nas mãos. Isso às seis horas da manhã.
Com 25 anos de trabalho no quiosque – herança da mãe -, Seu Ednaldo
abria os cocos um por um, intercalando um bom dia e algumas palavras com
muitos clientes. “Sempre recebo grupos de bike aqui no quiosque. São
fregueses antigos”, revela o comerciante.
Seu Ednaldo trabalha de domingo a domingo num ritmo acelerado no
horário mais cedo do dia. À tarde fica mais calmo. Segundo contabilidade
dele, são cerca de 600 cocos vendidos em média por dia. Isso mesmo, 600
cocos sendo abertos no dia. “Hoje (sábado) devo vender uns 800 cocos”,
estimava, pelo movimento de turistas na cidade em razão do feriado de
Semana Santa.
Os cocos, segundo ele, chegam da região litorânea da Paraíba mesmo, bem doces e com muita água.
O movimento do quiosque de Seu Ednaldo representa bem a importância
da atividade turística na capital paraibana. Há quiosques de ponta a
ponta da orla marítima, empregando dezenas de pessoas que não vivem no
luxo da maioria de seus clientes, mas que sobrevivem com dignidade e de
seus trabalhos, movimentando a cadeia turística, gerando a economia
local.
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