segunda-feira, 18 de setembro de 2017

O SALÁRIO DA MORTE , FILME GRAVADO EM POMBAL - PB NOS ANOS 70 , SERÁ EXIBIDO E DEBATIDO NA UERN




O filme “O Salário da Morte”, um clássico da cinematografia nordestina, rodado na cidade de Pombal no ano de 1970 será exibido e debatido no auditório as FAFIC/UERN.

A data foi definida para o dia 16 de outubro no ensejo do Projeto de Extensão CineSofia, coordenado pelo Prof. Dr. Ramos Neves, do Departamento de Filosofia da instituição de ensino superior.


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Dentro da programação, será exibido ainda a documentário “Lição de Fogo”: A aventura do primeiro longa-metragem paraibano de ficção, trabalho de conclusão de curso da jornalista pombalense Larissa Claro.

O Salário da Morte é um filme dirigido pelo cineasta paraibano Linduarte Noronha. Trata-se do primeiro longa-metragem de ficção produzido na Paraíba, na cidade de Pombal, em 1970. Teve sua montagem assinada por João Ramiro Mello.

Baseado no conto "Fogo", de José Bezerra Filho, o roteiro foi escrito por Linduarte Noronha, Antônio Barreto e Neto Jurandir Moura.


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Aclamado pela crítica e vencedor do prêmio Manuel Antônio de Almeida, promovido pela Secretaria de Educação do Estado da Guanabara, o romance Fogo! (1970) é tipicamente nordestino.

HISTÓRIA
Reflete um ambiente sertanejo onde ainda impera a figura truculenta do coronel da roça, senhor inquestionável dos bens e da vida dos seus subordinados.

A trama central da história gira em torno da pistolagem de aluguel e dos assassinatos que vão sendo cometidos para satisfazer os interesses dos seus mandatários.
Essa modalidade de crime, consagrada no meio rural, é uma herança do coronelismo - fenômeno decorrente do desdobramento da Guarda Nacional criada durante o Império, quando foram conferidos poderes de policiamento às oligarquias regionais.

Trata-se de um recurso utilizado geralmente para resolver litígios relacionados a questões de terras que não podem ser enfrentados pela via legal, como disputas políticas, desafetos pessoais e afetivos, desentendimentos com a vizinhança ou dívidas pessoais.

O chefe político do lugar é morto a tiros por um pistoleiro profissional e a cidade, localizada no sertão nordestino, passa a viver em clima de apreensão. Para solucionar o crime, um juiz é enviado da capital, a fim de realizar o inquérito, e também é assassinado.

A história, porém, é centrada no drama de uma família pobre que se torna refém de elementos ligados ao Sindicato do Crime.

Joaquim Pedro e Dona Severina pressentem o perigo que paira sobre a sua família, mas por estarem endividados, cedem ao pedido de Vicente Pitanga, chefe da criminalidade e mandante do assassinato do seu rival Chico Gregório, para acobertar o pistoleiro em sua casa. Gedeão e Joaninha, os seus filhos, participam atônitos à evolução do drama.

A fim de evitar que o pistoleiro conte sobre o assassinato, Vicente Gedeão manda matá-lo e também a Joaquim Pedro e Gedeão, que haviam sido presos para prestar esclarecimentos sobre o pistoleiro.

Ao final, Joel, o filho mais velho de Joaquim Pedro, chega à cidade após passar um longo período dirigindo o seu caminhão pelas estradas.


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O personagem invisível, mas sempre presente, desde o início da história, é a organização Sindicato do Crime: a sua onipresença na localidade direciona as ações principais em que os personagens se envolvem, distribuindo pavor entre a população e alçando à condição de protagonista do filme.

Marcelino Neto

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